Todo dia quero ser mais eu mesma. Acordar de novo pronta para a vida. Encarar meus medos e minhas alegrias. Sorrir, chorar, viver e amar... Ah! esse tal de tempo aperta minhas conquistas! Eu quero tudo e não quero nada... Se eu soubesse mais de mim, Eu não me atreveria a me reinventar. Ficaria satisfeita com o que conheço. Mas se eu soubesse tudo da vida... Acho que também não teria graça! Ficaria tudo muito claro ... Prefiro descobrir a cada dia... Meus mistérios, minha alma. E assim vou me alimentando De sonho e fantasia, De realidade e ilusão. O que eu ainda não sei... Eu desejo!
Um dos filmes mais emocionantes e mais bonitos que já assisti. Lixo e pessoas, gente de carne e osso, vida real e dura, cheia de histórias igualmente duras e sofridas. Mas o filme é incrivelmente belo, puro e limpo. Vik Muniz, artista plástico brasileiro, premiado e reconhecido internacionalmente, empresta seu talento e sua arte a uma causa social das mais importantes: resgatar um grupo de pessoas em um dos maiores lixões do mundo. Vik foi corajoso e extremamente sensível. O documentário faz a gente chorar, sorrir e acreditar no futuro. A história é profunda, densa, emocionante, e resgata o próprio Vik para suas origens. É o encontro da arte e da vida. O encontro e a relação que se estabelece entre essas pessoas e o artista é que faz o filme uma obra de arte. Não há nenhuma arrogância na relação de Vik com os catadores de lixo. Há sim o desejo de mudar e transformar positivamente a vida do outro. Como Vik diz no filme: "O momento em que uma coisa se transforma em outra é o momento mais bonito". Vik disse isso valorizando cada pedaço de lixo e de vida que estava ali, colocados pelas mãos dos catadores, na construção de cada quadro. E o momento mais bonito do filme foi ver as pessoas se reconhecendo como obras de arte, como artistas, partes fundamentais daquele processo. O sorriso mais bonito no rosto e uma grande emoção tomou conta daquelas vidas. A perspectiva da arte mudou o olhar de cada um sobre si mesmo e sobre o mundo. Elas viveram e sentiram o grande significado da arte nessa experiência. Vale demais a pena ver !
Misto de terror, suspense, drama e sedução. Cisne Negro é um filme incrível! Perfeito como a atriz principal Natalie Portman em sua atuação como a bailarina Nina. O filme consegue prender a atenção do expectador do inicio ao fim, é envolvente, conflitante, dá medo e emociona. Todos os ingredientes bem dosados, desde o roteiro, a direção e a fotografia, além é claro, da melhor atriz do oscar 2010. Natalie Portman arrasa, consegue ser frágil, o cisne branco, e fantasticamente sedutora, encarnando o cisne negro. Com uma desenvoltura brilhante, a atriz coloca dramaticidade em cada cena do filme.
Sonho e realidade se misturam ao longo da história. Imaginação, obstinação, delicadeza, sensualidade e ambição. O filme é uma obra de arte, em cada passo de dança nos envolvemos na trama da personagem, que perde o controle sobre o que é alucinação ou verdade em sua vida. E o expectador consegue ter a mesma sensação da personagem. De tão absorvidos pela história pensamos que tudo é realidade. A trilha sonora também é um show e nos conduz maestralmente ao grande final do espetáculo de dança. Nina incorpora seu personagem mais díficil - o cisne negro - de uma maneira tão absurdamente real e perfeita que é impressionante vê-la no palco dançando. A cena é de uma beleza e sensualidade visceral. Vale a pena assistir. Imperdível!