A comunicação e os relacionamentos mudaram muito nos últimos anos. Aplicativos como o ChatGPT escrevem texto, artigo e ainda ilustram. E o jornalismo, o jornalista e as assessorias? o que vão fazer? Hoje, temos mais informação disponível, mais dados, aplicativos e uma infinidade de máquinas, programas e robôs que utilizam a inteligência artificial, fazendo coisas que antes eram somente humanas. Estas novas tecnologias estão acelerando e otimizando todo o processo de comunicação.
O fator humano ainda é importante? Sim, mais do que nunca. O que vai diferenciar um serviço ou outro é o tratamento mais próximo, o relacionamento humano, a nossa capacidade de cativar e entender o outro e as suas necessidades.
Uma das palavras de ordem é reumanizar o processo de comunicação. É saber usar a nossa intuição e a criatividade para contar histórias, para conectar as pessoas, para gerar impacto e para apoiar causas. Para isso, é preciso verdade no discurso. É preciso fazer as perguntas certas, marcar encontros, reuniões e simplesmente conversar.
Os relacionamentos se fortalecem quando há valores compartilhados. Por isso, é preciso estar próximo e pensar na jornada com um todo. É preciso que as empresas entendam que elas fazem parte de um cenário, de um todo. E, por isso, é preciso que haja educação sobre os impactos dos seus produtos.
Os profissionais de comunicação precisam refletir também sobre a necessidade de mudar, se adequar à nova reconfiguração e saber como se manter importante no mercado. É preciso pensar em requalificação profissional, priorizar a criatividade como processo, valorizar a qualidade e não viver pautado apenas pelo algoritmo, pela inteligência artificial.
É preciso pensar, relaxar e ter menos pressa para responder às coisas. É preciso saber usar os dados com inteligência e usar a criatividade para resolver os problemas. É preciso enxergar a comunicação como um processo humano em desenvolvimento. Estamos evoluindo com a tecnologia, encontrando soluções mais rápidas para tarefas que levavam dias. Teremos mais tempo para ideias inéditas.
Adriana Borges
Jornalista - Especialista em História da cultura e da arte