quarta-feira, 24 de março de 2010

Novela “Viver a vida” é imagem de esperança

Educação, auto-estima e televisão. O que isso tem a ver comigo? Eu vou à escola, eu me olho no espelho e vejo a novela das oito todos os dias. A novela da Globo “ Viver a vida”, de Manoel Carlos, é um produto que vende imagens e vozes de esperança. Todos os dias, a Luciana (Aline Moraes), personagem que ficou paraplégica, dá seus passos em direção à vida. É comovente ver seu progresso e sua atitude positiva, apesar dos seus medos e inseguranças. Luciana é um grande exemplo de coragem, de que tudo na vida pode ser superado, de que vale a pena viver a vida. E os depoimentos de pessoas da vida real ao final de cada capítulo comprovam que a ficção, neste caso, é muito sincera e um grande incentivo pra muita gente.

A novela, mais do que entreter com competência, está educando as pessoas para a vida através de seus personagens. O que muita gente não aprende em casa sobre gostar de si mesmo e ter auto-estima, o Manoel Carlos está trabalhando nos textos com muita delicadeza e empatia. A gente sente a dor dos personagens, se emociona com eles, fica feliz e bravo. A história da Luciana é uma história de uma menina rica sim, que é linda, ex-modelo e tal, como em toda novela que dá um lugar privilegiado para a beleza. Mas a verdadeira beleza dessa novela está na excelente interpretação dos personagens Luciana ( Aline Moraes) e Tereza ( Lilia Cabral), que dão bonitas lições de vida aos expectadores todos os dias. São emoções verdadeiras e intensas, de quem perdeu algo muito importante e quer ganhar ou reconquistar uma nova vida. Ninguém, pobre ou rico, passa pela vida sem dissabores. O importante é persistir e ter esperança.

A televisão é um grande veículo de comunicação no Brasil e o horário nobre é praticamente da Globo. O poder que ela tem de influenciar as pessoas e de lançar modas todo mundo conhece e faz muitas críticas. Mas, em “Viver a Vida”, a escolha além das modelos e das modas, que sempre vão existir nesse mundo capitalista, foi a de lançar um olhar para as pessoas que enfrentam perdas físicas e emocionais, e que, muitas vezes, são maltratadas pela sociedade por preconceito, falta de tolerância e sensibilidade. E a novela do Manoel Carlos, neste sentido, tem cumprido um grande papel da TV que também é educar oferecendo produtos de qualidade, com conteúdo social e artístico. A família brasileira agradece.

4 comentários:

Júnia Le disse...

Na verdade, a única coisa que salva nesta novela é a parte da inclusão e os depoimentos. No mais, é uma sucessão de lugares-comuns sem a mínima criatividade. Sinceramente, acho o Manoel Carlos se superou na criação de uma novela insípida e que aborda como ninguém as futilidades humanas.

Júnia Le disse...
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Marco Antônio Pereira disse...

Tudo tem o lado bom

Adriana Borges disse...

O núcleo da Luciana, Tereza e Miguel é o melhor da novela mesmo. O resto é a mesmice de sempre.