quinta-feira, 28 de abril de 2011

Andy Warhol e a história da Pop Art



Registrado como Andrew Warhola, era filho de pais originários da Eslováquia que migraram para os Estados Unidos durante a Primeira Grande Guerra. Aos 17 anos, em 1945, entrou no Instituto de Tecnologia de Carnegie, em Pittsburgh, hoje Universidade Carnegie Mellon e se graduou em design.

Logo após mudou para Nova York e começou a trabalhar como ilustrador de importantes revistas, como Vogue, Harper's Bazaar e The New Yorker, além de fazer anúncios publicitários e displays para vitrines de lojas. Começa aí uma carreira de sucesso como artista gráfico ganhando diversos prêmios como diretor de arte do Art Director's Club e do The American Institute of Graphic Arts.

Fez a sua primeira mostra individual em 1952, na Hugo Galley onde exibe quinze desenhos baseados na obra de Truman Capote. Esta série de trabalhos é mostrada em diversos lugares durante os anos 50, incluindo o MOMA, Museu de Arte Moderna, em 1956. Passa a assinar Warhol.


O anos 1960 marcam uma guinada na sua carreira de artista plástico e passa a se utilizar dos motivos e conceitos da publicidade em suas obras, com o uso de cores fortes e brilhantes e tintas acrílicas. Reinventa a pop art com a reprodução mecânica e seus múltiplos serigráficos são temas do cotidiano e artigos de consumo, como as reproduções das latas de sopas Campbell e a garrafa de Coca-Cola, além de rostos de figuras conhecidas como Marilyn Monroe, Liz Taylor, Elvis Presley, Che Guevara e símbolos icônicos da história da arte, como Mona Lisa. Estes temas eram reproduzidos serialmente com variações de cores.

Além das serigrafias Warhol também se utilizava de outras técnicas, como a colagem e o uso de materiais descartáveis, não usuais em obras de arte.

Em 1968, Valerie Solanis, fundadora e única membro da SCUM (Society for Cutting Up Men - Sociedade para castrar homens) invade o estúdio de Warhol e o fere com um tiro, mas o ataque não é fatal e Warhol se recupera, depois de se submeter a uma cirurgia que durou cinco horas. Este fato é tema do filme I shot Andy Warhol (Eu atirei em Andy Warhol), dirigido por Mary Harron, em 1996.

Artista multimídia

Do meio da década de 1960 e mais adiante, a partir da década de 1970, Warhol radicaliza a idéia de artista multimídia em seu tempo e passa a militar em outras áreas que incluem a música e o cinema, filmando, inicialmente, em 16 mm e depois em Super 8 mm. Seus filmes undergrounds são hoje clássicos do gênero e, entre eles, se destacam Chelsea Girls, Empire e Blow Job (1964). São filmes conceituais, onde "nada acontece", como uma câmera parada filmando um corpo humano ou um edifício a partir de uma janela e chegam a atingir diversas horas de duração. Também fez experiências retratando pessoas célebres no formato Polaroid.

Na música, através do grupo de rock underground Velvet Underground, já nos anos 1970, participou de performances e ajudou a agitar e difundir a cena do glitter rock originária de Londres. Dessa mesma vertente também participam, tanto em Londres, como em Nova York, David Bowie (fase Ziggy Stardust), Lou Reed , Iggy Pop, T. Rex, Kiss, New York Dolls (no Brasil, Secos e Molhados), em que elementos de androginia e ambigüidade sexual são ressaltados através do uso de cílios postiços, purpurinas, saltos altos, batons, lantejoulas e paetês, e enfatizam a decadência de padrões arraigados de comportamento.



Cunha a famosa e profética frase, hoje amplamente divulgada: "In the future everyone will be famous for fifteen minutes". (No futuro qualquer um será famoso por quinze minutos).

Mao, foice e martelo e sombras

No fim dos anos 70 e início dos 80, nas artes plásticas, Warhol cria uma série de figuras que incluem o rosto de Mao (1982), com uma dezena de variações em cores berrantes, variações sobre foice e martelo (Hammer and Sickle, 1977), variações sobre o crânio humano (Skulls, 1976), Torso (1982), variações sobre a sombra (Shadows, 1979) e dezenas de retratos de personalidades judaicas, que incluem Freud, Einstein, Kafka, Gershwin, Gertrude Stein e diversos auto-retratos.



Publica The Philosophy of Andy Warhol (from A to B and Back Again, 1977) e POPism: The Warhol Sixties, juntamente com Pat Hackett (1982) e realiza a mostra Portraits of Jews of the Twentieth Century, com os retratos de personagens de origem judaica e a retrospectiva Reversal Series.

Em 1982 aproxima-se da tv a cabo e cria Andy Warhol's TV e Andy Warhol's Fifteen Minutes para MTV, em 1986. Data dessa época a sua intensa colaboração e amizade com Jean-Michel Basquiat, jovem e promissor artista que ele promoveu e ajudou a se firmar no universo das artes plásticas novaiorquinas, tanto quanto outros, como Francesco Clemente e Keith Haring.

Seus últimos trabalhos datam de 1986 com a série de pinturas intitulada The Last Supper, baseados em Da Vinci e um revival do grande tema da pop art intitulado Ads que remetem aos trabalhos iniciais baseados nos apelos da publicidade e do consumo e nos objetos do cotidiano.

Em janeiro de 1987, não se sentia bem e internou-se no New York Hospital para exames e teve que submeter a uma cirurgia de vesícula, considerada rotineira. Durante o pós-operatório teve uma arritmia cardíaca e faleceu aos 59 anos de idade.
Em 1994, foi inaugurado o The Andy Warhol Museum em Pittsburgh, Pensilvânia. (AAR)

Fonte: Warhol Foundation

Meus achados!

















Eu sou da paz, do amor e da alegria.
Sou mulher, menina, em movimento...
descobrindo o mundo e a mim mesma,
minhas dimensões tão distintas.
Gosto de escrever qualquer coisa,
desde poesia a cartas de amor ridículas.
Adoro música, cantar no chuveiro, na rua e no trabalho!
Gosto de cultura, de arte e de fantasia.
Não me contento com pouco, quero sempre mais.
Amo viajar, conhecer lugares, gente nova e diferente.
Sou romântica, apaixonada e intensa.
Minha missão é desbravar a vida, descobrir o que há de belo e de valor,
e compartilhar meu achado, meus tesouros !



sexta-feira, 22 de abril de 2011

Trabalhos em vídeo de Andy Warhol em Belo Horizonte


Mostra Warhol TV é uma reunião dos trabalhos feitos em vídeo por Andy Warhol
Confira as atrações:

Warhol se diverte: Monitores exibem trechos dos programas Andy Warhol’s TV e Andy Warhol’s fifteen minutes, de 1981 a 1986. Destaque para a cena do artista na bicicleta ergométrica.

Screen test: Teste de cena com Marcel Duchamp, de 1966. Warhol liga a câmera, na Factory (seu ateliê), para que o convidado fale.

Experiências com a TV: Os vídeos Soap opera (1964), Vivian’s girls (1973), Phoney (1973) e Fight (1975).

Comerciais: Em espaço que faz alusão à Factory são exibidos filmes para a Coca-Cola, TDK e Braniff.

Warhol no Saturday night live: Warhol participa do programa.

Fascinado pelos outros artistas: Entrevistas com Paloma Picasso, o pintor David Hockney e outros.

Um caçador de talentos: O jovem Steven Spielberg entrevistado por Bianca Jagger.

A feira de vaidades: O mundo da moda, com a top model Jerry Hall e outras celebridades.

Beleza e sexo: Modelos masculinos flagrados no dia a dia.

Senhoras e senhores: O corpo e suas transformações: com drag queens e outros.

Love boat: Episódio gravado em 1985, com Warhol. Ambiente de exibição reproduz o quarto dele.

O último show: Projeção da missa fúnebre em ambiente que remete a um templo de oração

Hello again: Exibição do clipe do The Cars, de 1984. No teto do ambiente de exibição flutuarão os infláveis prateados de sua obra Silver clouds (1966).

Em cartaz na Galeria de Artes Visuais do Oi Futuro, aberto ao público até 12 de junho. De terça a sábado, das 11h às 21h, domingo, das 11h às 19h. Entrada franca
Classificação etária: Livre

Local: Av. Afonso Pena 4001 – Mangabeiras – (31) 3229 3131

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Amor?



Amor? (2011) é um documentário sobre a relação de amor e violência vividas por nove personagens reais. Os atores contam as histórias como se fossem uma entrevista, uma sessão de terapia, onde a descarga emocional e o eu aparecem claramente. E eles o fazem de uma maneira tão forte, tão vivida e presente, que conseguimos nos colocar no lugar do outro e nos identificar de cara. Quem não viveu uma relação de amor onde a violência verbal, moral ou física não tenha aparecido de alguma forma? 

Amor mostra com muita nitidez essa linha tênue entre o amor e a violência. O que o ciúme, a posssesão e a obsessão pelo outro pode fazer sem que tenhamos consciência de que isso não é mais amor. Talvez seja desespero ou puro egoísmo, vontade de controlar o outro, de ter poder, vontade de ser o outro, de acabar com o outro ou de fundir-se com o outro. As possibilidades são muitas e os atores dão um show de interpretação.

Vale a pena ver !

Assista ao trailer!



quinta-feira, 14 de abril de 2011

Com a cabeça nas nuvens

Tela da artista plástica Nina Pandolfo

Detalhe da tela

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Alfred Hitchcock em cartaz


No Cineclube Joaquim Pedro de Andrade, as sessões ocorrem sempre às terças-feiras, às 19 horas. No Cineclube Uma tela no meu bairro, às quintas-feiras, às 18h30. Entrada franca - Informações: 3115-3000

Este mês é dedicado ao cineasta Alfred Hitchcock.

Cineclube Joaquim Pedro de Andrade
Rua Tupinambás, 179 - 14º andar
Centro - Belo Horizonte/MG
Sessões: terças-feiras, às 19 horas

Cineclube Uma tela no meu bairro
Rua Jaime Gomes, 198 - Floresta
Belo Horizonte/MG
Sessões: quintas-feiras, às 18h30
Entrada franca - Informações: 3115-3000

Programação abril de 2011

5 DE ABRIL - terça-feira - 19h - Rebecca
Direção: Alfred Hitchcock - Suspense - 130 min
Maxim de Winter ainda enfrenta problemas após a morte de sua esposa Rebecca. Ele até se casa de novo, mas a nova mulher descobre que Rebecca está “presente” em cada canto da casa, particularmente na vida da senhora Denvers, a governanta, que quer fazer da vida da nova esposa um verdadeiro inferno.

12 DE ABRIL - terça-feira - 19h - Interlúdio Direção: Alfred Hitchcock - Terror - 101 min
A filha de um espião alemão preso pelo governo dos EUA é obrigada a ajudar o governo americano a prender inimigos importantes, no Rio de Janeiro, para evitar a morte do pai, mas a paixão entre ela e o agente do governo que comanda a operação é inevitável, apesar das suas diferenças.

19 DE ABRIL - terça-feira - 19h - Festim Diabólico
Direção: Alfred Hitchcock - Suspense - 80 min
Na cidade de Nova York, Brandon e Phillip assassinam seu amigo David, por considerarem-se superiormente intelectuais em relação a ele. Com toda a frieza e arrogância, resolvem provar para eles mesmos sua habilidade e esperteza: esconderão o cadáver em um grande baú, que servirá como mesa e estará exposto no meio da sala de estar do apartamento deles, durante uma festa que realizarão logo em seguida. Baseado em uma história real.

26 DE ABRIL - terça-feira - 19h - Disque M para Matar
Direção: Alfred Hitchcock - Suspense - 105 min
Um cientista americano (Paul Newman) vai para Copenhagen a fim de participar de um congresso internacional e física e leva sua noiva/assistente (Julie Andrews). Lá ela intercepta uma mensagem destinada a ele e descobre que seu noivo está desertando para Berlin Oriental, onde pretende conseguir fundos para seu projeto
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Programadora Brasil

Cineclube Uma tela no meu bairro

Quinta-feira - 07/04 - 18h30 - Janela indiscreta
Direção: Alfred Hitchcock - Suspense - 112 min
Neste clássico do suspense, um repórter passa a bisbilhotar a vida de seus vizinhos quando quebra a perna e precisa permanecer em repouso. Com a ajuda de sua namorada, tenta provar que um deles matou sua mulher e escondeu o corpo.

Quinta-feira - 14/04 - 18h30 - O corpo que cai
Direção: Alfred Hitchcock - Suspense - 128 min
A trama mais intrigante do mestre Hitchcock, que brinca com aparências para conferir um tom algo fantasmagórico à investigação do detetive brilhantemente interpretado por James stewart, com destaque para o início que explica a fobia a alturas de seu personagem. O surgimento de Kim Novak e o clímax na torre contribuem para colocar Um Corpo que Cai acima até de Os Pássaros e Psicose.

Quinta-feira - 28/04 - 18h30 - Cortina rasgadaDireção: Alfred Hitchcock - Ficção - 129 min
Paul Newman e Julie Andrews estrelam essa clássica história de espionagem. Newman é o mundialmente famoso cientista Michael Armstrong, que vai a um congresso internacional de física em Copenhaguem com sua noiva/assistente Sarah Sherman (Andrews). Durante a estada no local, ela pega por engano uma mensagem endereçada a ele, e descobre que o mesmo está desertando para Berlim Oriental, onde pretende conseguir fundos para seu projeto preferido. Ou não estará? Esta é a resposta que Sarah e o público descobrem enquanto Hitchcock dirige esta eletrizante ação atrás da Cortina de Ferro.