quarta-feira, 10 de março de 2010

Jogar, pensar, falar

Qual o seu verbo preferido? Quem pensa demais acaba cansando a mente e os sentidos. Depois falta tempo para fazer e colocar em prática tantas ideias. Não estou falando que pensar é ruim. De jeito nenhum, eu penso bastante e adoro refletir. Só que nada em excesso traz bons resultados. Às vezes é melhor ir devagar, como o álcool, calibrando cada dose, pra não escorregar no tomate. O exercício de pensar ainda é um desafio pra mim. Estou tentando meditar, fazer meu silêncio nas horas turbulentas e respirar mais devagar e consciente. Quero pensar e fazer logo, mas tudo tem seu tempo!

Muita gente, maquiavélica ou não, prefere jogar. Jogar é bom e eu gosto, viu. Na minha infância adorava War, Dama, Xadrez e Banco Imobiliário. Mas os jogos da vida adulta são bem mais complicados e esquisitos. Porque você nem sempre sabe que está jogando. Seus adversários começaram e você, simplesmente, foi junto, se arrastando pelo tabuleiro da vida. As regras não são claras e eles não jogam limpo. Apesar da boa aparência e do sorriso amarelo, você tem que confiar no sujeito pra avançar mais uma casa. E assim vamos tentando jogar, competir e ganhar um jogo que muitas vezes não tem sentido.

Eu penso que falar sempre o que se sente é uma boa jogada. Um jogo sem véus, sem armação e que todo mundo ganha no final. Pra que jogar? Não há prêmio melhor na vida do que uma relação autêntica, de admiração e amor verdadeiro. E pensar e falar é ainda um jogo muito legal e perspicaz porque exige inteligência, delicadeza e muita sabedoria. Coisa que só gente grande tem. Jogar pra ganhar sozinho, seja o que for, nessa fase da vida, já era. No jogo do bem vence quem compartilha e comemora cada vitória, seja a sua ou a do outro.


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