segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Para matar a sede da boa música de viola

A melodia vem do chão. Da musicalidade da poesia. Deste encontro telúrico nasce o “Pote”, um CD independente e inédito, criado em parceria pelos violeiros e cantadores, Pereira da Viola e Wilson Dias, e o poeta e jornalista João Evangelista Rodrigues. O show de lançamento do CD será dia 14 de outubro, quinta-feira. às 21 horas, no Teatro Sesiminas, em Belo Horizonte.

O CD “Pote” pode ser definido como contemporâneo e primitivo. Rústico e refinado. Feito a mão. Modelado pela sensibilidade da palavra e conduzido pelo fio mágico dos acordes da viola. O “Pote” emerge da imaginação, dá asas ao sentimento e vivifica as coisas e objetos perdidos e ou esquecidos no sertão. O mesmo infinito e indefinido sertão de João Guimarães Rosa a um só tempo íntimo, concreto e transcendental. Um sertão que todos somos ainda, apesar das urbanidades e desurbanidades contemporâneas.

Faixas do CD como Sem Desatino, Mulheres de Argila, Sagarana Ana, Pacha Mama, Fim de Tarde, Latina e Tributo atingem um alto grau de expressividade póético-musical, seja pelo lirismo, pelo comprometimento com a vida ou pelo desatino do ser humano em um planeta ameaçado.

O CD  "Pote"é  uma homenagem à palavra poética pela valorização da letra no processo de composição musical. É também um reconhecimento do trabalho de criação do poeta João Evangelista que utiliza-se de várias linguagens e campos de conhecimento para expressão como filosofia, jornalismo, literatura e fotografia.  O CD é um verdadeiro cinema sonoro onde a música feita na viola revela as tonalidades de cada história. A palavra cantada torna-se palavra encantada. Música necessária e mágica, fruto de um encontro espiritual e artístico ente os três compositores. Um trindade que só vem enriquecer a música feita na viola caipira, em Minas.


Os Compositores

Pereira, Wilson e João são três mineiros de águas fortes e confluentes, vindos, respectivamente, do Vales do Mucuri, do Jequitinhonha e do São Francisco. Três vertentes com raízes comuns no que diz respeito à cultura popular, ao sentimento de religiosidade e às convicções políticas, fundados na amizade e na defesa da cidadania.

As 14 composições do CD são todas assinadas por João Evangelista Rodrigues, autor das letras, e por Pereira da Viola e Wilson Dias, responsáveis pelas melodias e interpretação. Participam da gravação, os músicos: Pereira da Viola e Wilson Dias (voz e viola); Pedro Gomes (contrabaixo); André Siqueira (guitarra e violão); Carlinhos Ferreira (Percussão), com participçaao especial do cantador e compositor Dércio Marques.

O CD "Pote" é marcante. Pode ser entendido como uma metáfora da condição do homem no mundo contemporâneo. Uma evocação do ambiente do mineiro a partir de uma visão crítica. Cercado de simbologia, um objeto real e mítico, que reflete a arte, a cultura, os valores, a religiosidade e as contradições da mineiridade. O pote, objeto que deu origem ao nome do CD, guarda a água, símbolo da vida, ecoa a essência, marca o lugar e a passagem para o imaginário. Para um mundo real onde a poesia e a música, o sorriso e o diálogo, a prosa e a viola ainda são possíveis.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Céu azul, sol e praia

 Eu quero praia, água fresca, brisa leve, felicidade!

domingo, 19 de setembro de 2010

Um pouco de emoção


Não gosto da vida em banho-maria, gosto de fogo, pimenta, alho, ervas, por um triz não sou uma bruxa. (...)

Marta Medeiros

Para ficar tranquilo

A meditação é uma antiga técnica oriental. Através dela entramos em contato com o nosso eu, podemos repor nossas energias e estar em conexão com o divino. Meditar é um ato de amor próprio! O vídeo abaixo ajuda a induzir esse estado. Experimente!




Vídeo da Organização Brahma Kumaris

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tenho fases



















Lua Adversa
Cecília Miereles

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)

No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Mostra Mundial de Animação Mumia


Programação:
16/10/2010, quinta-feira

Cine Mais Cultura – Uma tela no meu bairro - 18h30 - Auditório do Sinpro
(Rua Jaime Gomes, 198 – Floresta – BH)

Mostra Nacional 3

Espetáculo - O Magico e a Domadora -

Rafael Jardim - 3’ - Salvador

7 Voltas

- Rogério Nunes - 25’ - São Paulo - 2009

João

- André Castelão - 3’ - Rio de Janeiro/RJ - 2010

O gato preto

- Karina Mendonça Alvarenga - 7’ - São Carlos - 2009

Os Hai-Kais do príncipe

- Mauricio Squarisi – 13’- Campinas - 2009

Total: 55’

Mostra Nacional 5

O Menino que plantava invernos

- Victor - Hugo Burges - 16’ - SP - 2008

Eu queria ser um monstro

- Marão - 10’ - RJ - 2009

Lelê

- Carlos Dowling & Shiko - 4’ - João Pessoa/PB - 2008

De ovos e guarda-chuva

- Alexandre Bersot - 8’ - Niterói/RJ - 2008

Reconhecimento

- Ítalo Cajueiro - 12’- Brasília - 2009

Nonato Azul e as borboletas

- Cleuberth Choi - 3’ - Santa Maria/Brasília - 2010

A Ilha

- Alê Camargo - 8’ 47’’ - Brasília - 2009.

Total: 61’

Acompanhe as programações: www.sinprominas.org.br

domingo, 5 de setembro de 2010

Reflexão




Só, na luz escura do tempo,
vou me ruindo a cada instante.
Busco encontrar pontos perdidos,
em um horizonte de mutantes paixões.
Vejo o raro e o obscuro,
em chão sem asas pra voar.
Sinto o belo e crivel,
escuto uma cegueira e um clarão.

A luz e o tempo infinitos ...

Raiz e semente

Marcela Palm, 28 anos, designer. Seu sonho de infância era falar português porque ela nasceu no Brasil, no Paraná, e mudou-se para Argentina aos dois anos de idade. Ela nunca se sentiu brasileira e tampouco argentina. Com dezoito anos, fez sua primeira viagem de avião para a ilha de Ibiza, na Espanha. Foi levada por amor, apaixonada por um artista plástico. Chegando lá foi recepcionada por um grande evento multicultural que durou três dias. Foram dias intensos de cultura e aprendizado que mudaram radicalmente sua vida. Vivendo há 10 anos em Ibiza, Marcela encontrou seu lugar no mundo. Ela se sente à vontade na ilha, livre no seu estilo de viver. “A atitude de respeito pelo outro, a boa convivência das pessoas e a energia da ilha conquistaram meu coração”, confessa.

Marcela é artista. Ela tem mania de reciclar. Não consegue fazer uma peça de acessório de moda ou de decoração sem usar pelo menos um material reutilizável. A mania tem a ver com seu respeito pela natureza. “Não estamos em uma época de extrair mais matéria-prima da terra, mas sim de reaproveitar o que está por aí, os restos da produção industrial”, diz. Suas criações levam a marca Flora-Ibiza. Sua filha nascida em Ilhabela, São Paulo, se chama Selva Futura. Os nomes são sua forma de homenagear o verde.

Marcela nunca conheceu o pai que é de Minas Gerais e trabalhava num circo no Paraná, quando conheceu sua mãe, Beatriz Palmisiano, uma jovem coreógrafa que veio para o Brasil fugindo do golpe militar argentino de 1976. Marcela nasceu em Ponta Grossa, no circo Consul Argentino, filha da bailarina principal e de Geraldo Chrispim, artista de circo.

Hoje, ela ainda procura por seu pai no Brasil. “Quero conhecer minha origem, a outra metade que está faltando”, conta. Marcela tem uma herança forte, também é de circo. Ela apresenta um número de dança com fogo utilizando-se de técnicas orientais. E já teve oportunidade de mostrar sua arte na Alemanha, Suiça, Áustria e na Espanha, onde também fez participações em filmes e na TV, deu entrevistas e saiu nos jornais. Marcela se define como uma pessoa humilde. “Sou uma filha do mundo e busco muita paz”.

Facebook: Marcela Palm
Blog da Marcela: http://www.floraibiza.blogspot.com/
E-mail: purpurinaibz@yahoo.es (quem tiver notícias do pai da Marcela, entre em contato)
Purpurama (skype)

O que há de mais novo na arte da animação

De 8 a 30 de setembro, Belo Horizonte e Betim recebem a 8ª Mostra Udigrudi Mundial de Animação (Mumia). O festival tem como finalidade divulgar a produção audiovisual de animação de caráter cultural e contribuir para o desenvolvimento videográfico quanto a sua linguagem, formato específico e forma de produção. Serão exibidos curta-metragens regionais, nacionais e internacionais de diversas vertentes da arte da animação, todos com entrada gratuita. O evento é promovido pela Leite Filmes, em parceria com o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas), com apoio da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e do Centro de Referência Audiovisual (Crav).

Programação completa: http://www.sinprominas.org.br/